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quarta-feira, 9 de outubro, 2024
Por Vonúvio Praxedes
quarta-feira; 9 outubro - 2024

Vereador de Mossoró mostra indignação com ‘Caps fantasma’ na Maisa; outro parlamentar rebate

Sessão ordinária na Câmara de Mossoró é marcada por discussão sobre 'Caps' que não existe em comunidade rural

Em pronunciamento na Câmara Municipal de Mossoró, nesta terça-feira (17/05), o vereador Marckuty (Solidariedade) se disse indignado com gestões anteriores pela destinação de recursos para Centro de Apoio Psicossocial (Caps) inexistente na localidade rural Maisa.

“Moro há 40 anos na Maisa e nunca vi Caps lá. É um Caps fantasma. Desde 2011, recursos são destinados para essa unidade, que nunca funcionou. Dependentes químicos da Maisa precisam vir à cidade de Mossoró em busca do serviço de Caps”, disse.

Na tribuna do plenário, o parlamentar considerou fato como “atrocidade” contra o povo. Segundo ele, é um erro inadmissível e causador de estranheza. “Em 9 anos, quatro gestores passaram pela Prefeitura e não consertaram isso? Realmente, muito estranho”, observou.

Além disso, segundo Marckuty, a atual gestão terá que devolver R$ 4,5 milhões referentes ao “Caps fantasma”. A revelação do fato, acrescenta o vereador, só demonstra a transparência do governo Allyson Bezerra e mais uma indicação de que a gestão está no caminho certo.

“Para onde foi o dinheiro? Recursos estavam vindo para um órgão fantasma. Registro minha indignação com os gestores anteriores por não terem regularizado o repasse de recursos para o Caps fantasma. Minha indignação de representante do povo e morador da zona rural”, concluiu.

Outro lado

Usando a tribuna durante a sessão ordinária o vereador Professor Francisco Carlos (Avante) falou sobre uma denúncia que, segundo ele, o prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) mandou espalhar em Mossoró sobre um Caps fantasma no município. Ainda de acordo com a versão do parlamentar, o prefeito orientou sua comunicação para dizer que existe essa situação para o qual foram enviados recursos e estes foram roubados.

Devido à gravidade do tema, seguindo com sua narrativa, o vereador disse que a Prefeitura Municipal de Mossoró, no ano de 2018, já estava comunicando ao Ministério da Saúde que UBS Paulo Jansem estava com os dados desatualizados. O nome do cadastramento foi lançado errado pelo Ministério da Saúde e a UBS, reforçou o parlamentar, não é Caps. Mossoró tem hoje 4 Caps, dos quais dois são de atuação antidrogas. “Vejam a leviandade de uma denúncia dessas. Primeiro, porque o Ministério da Saúde só manda recursos se tiver informado. Mesmo assim, caso tivesse vindo, iria para o Fundo Municipal de Saúde”, reforçou o parlamentar, explicando a real situação.

Seguindo com sua narrativa, o vereador Francisco Carlos destaca a forma coerente como tem se portado. “Os colegas acompanham meu trabalho como líder da oposição, me comportando de forma prudente. Nós recebemos diariamente denúncias contra a administração Allyson Bezerra, porém eu tenho a preocupação de não nos deixar levar para que essa oposição não se torne raivosa e inconsequente, já que recebemos denúncias de todas as maneiras”, antecipou.

Para colocar um ponto final em qualquer dúvida sobre essa questão, o Professor Francisco Carlos apresenta uma alternativa. “Se alguém acha que existe dinheiro roubado desse fundo, vamos fazer uma tomada de compra especial de 2011 até abril de 2022. Se existe roubo, saberemos quais recursos que entraram e onde foram empregados e se foi de forma correta ou não”, sentenciou. Em outra oportunidade, o vereador disse que voltará ao tema devido a sua importância e necessidade de esclarecimento.

Vereador Professsor Francisco Carlos – foto: Edilberto Barros/ CMM
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