Durante a sessão ordinária dessa terça-feira, 01 de julho, a Tribuna Popular da Câmara Municipal de Mossoró foi utilizada pelo sargento do Corpo de Bombeiros Militar Clenilton Rocha, que alertou para os riscos dos afogamentos e defendeu a aprovação do Projeto de Lei nº 116/2025, que institui o Dia Municipal de Prevenção ao Afogamento.
Com 23 anos de residência e atuação em Mossoró, o sargento destacou que o afogamento é uma das principais causas de morte no Brasil e pode ser evitado com informação e cuidados básicos. “Todos os dias, 16 brasileiros morrem afogados, e quatro dessas vítimas são crianças. É a segunda maior causa de morte entre crianças de 0 a 4 anos. O mais preocupante é que muitos desses acidentes acontecem dentro de casa”, alertou.
Clenilton atua em parceria com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA) e desenvolve campanhas educativas em escolas da rede pública e privada. “Trabalhamos com crianças de 5 a 12 anos, ensinando o que fazer, o que evitar, onde estão os riscos. A prevenção é a chave: 99% dos afogamentos podem ser evitados”, destacou.
O bombeiro também relatou casos recentes no estado, como o de duas crianças que se afogaram em Areia Branca e o de uma criança que faleceu após se afogar em uma bacia, em Rio do Fogo. “Estamos falando de vidas. É preciso levar esse tema a sério. Em 2024, mais de 5 mil pessoas morreram por afogamento no Brasil. A prevenção precisa ser prioridade”, reforçou.
Para ampliar o alcance dessas ações, Clenilton desenvolveu o aplicativo gratuito “Pequeno Guarda-Vidas”, disponível na Play Store. “O aplicativo ensina, de forma lúdica, os cuidados que devem ser tomados. O personagem esvazia piscinas infláveis, fecha tampas de sanitários, tampa máquinas de lavar. Pequenas atitudes que salvam vidas”, explicou.
O sargento também fez um apelo por apoio à aprovação do projeto de lei que institui o Dia Municipal de Prevenção ao Afogamento. A ideia é promover, anualmente, ações educativas com palestras, panfletagem e atividades de conscientização. “Não se trata de exagero. Precisamos enxergar os riscos, mesmo dentro de casa: baldes, banheiras, tanques. No verão, 44% dos afogamentos acontecem, especialmente porque as pessoas vão às praias e piscinas sem a devida atenção”, finalizou, lembrando que cada criança deve ter um cuidador exclusivo em ambientes com água.
