Via CNN Brasil
Em entrevista exclusiva à CNN nesse sábado (16/04), o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que o governo deve marcar uma reunião com o WhatsApp para discutir o acordo do aplicativo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que só permite que novas funcionalidades, como as comunidades que possibilitarão grupos de milhares de pessoas, entrem em vigor no país apenas depois das eleições presidenciais de outubro.
“Já conversei com o Fábio Faria [ministro das Comunicações], vai conversar com representante do WhatsApp aqui no Brasil para explicar” o acordo. “Se ele [WhatsApp] pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não?”, afirmou o presidente, que está passando o feriado de Páscoa no Guarujá, litoral de São Paulo.
“Vou buscar o CEO do WhatsApp essa semana e quero ver que acordo é esse. Se é para o mundo todo, não posso fazer nada, agora, só para o Brasil, e volta a ser pro mundo todo depois das eleições, quer prova mais clara de interferência como essa na liberdade de expressão?”, declarou.
Na sexta-feira (15), em motociata com apoiadores, Bolsonaro já havia criticado o acordo do WhatsApp com o TSE. Nesse sábado, o presidente voltou a dizer à CNN que o acordo é “inaceitável” e “inadmissível”.
“Essa última informação agora que o WhatsApp pode ter uma política mundial, ninguém vai reclamar. Agora, [por que] apenas para o Brasil o disparo em grupo poderá ser realizado depois das eleições? ‘Ah, depois das eleições não vai ter mais fake news?’”, disse Bolsonaro.