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Mossoró
domingo, 8 de dezembro, 2024
Por Vonúvio Praxedes
domingo; 8 dezembro - 2024

Sindicato pede coerência ao Prefeito sobre piso da educação e volta cobrar percentual de 2023

Prefeito anunciou envio do projeto de lei com percentual de 2024 à CMM e sindicato lembra que reajuste do ano passado não foi pago

Ao receber a informação de que o Prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) havia enviado à Câmara de Mossoró projeto de lei para reajuste salarial dos professores(as) em 3,62% neste ano de 2024, seguindo recomendação do Ministério da Educação, o sindicato dos servidores públicos municipais de Mossoró emitiu nota no site chamando o Prefeito de “incoerente”.

A crítica do Sindiserpum é pelo fato de que em 2023 a Prefeitura de Mossoró não deu o então reajuste de 14,95% sinalizando que já pagaria os salários acima do piso nacional.

Leia também: Prefeito Allyson envia para Câmara projeto de lei concedendo reajuste de professores

“Acertadamente pagando o Piso conforme a lei este ano, ele mesmo, bota por terra toda a sua conversa fiada do ano passado, quando, ironicamente, judicializou o pagamento devido aos professores”, diz um trecho da nota.

O sindicato informa que não reclama sobre o cumprimento do percentual deste ano, ” mas que o gestor deveria ter atuado desta forma também no ano passado”, acrescenta.

No ano passado a greve dos professores que cobrava o reajuste anual durou 54 dias e foi interrompida por força judicial, veja AQUI.

Acompanhe abaixo na íntegra texto publicado no site do Sindiserpum:

Allyson, o incoerente!

Nesta segunda-feira (05), o prefeito de Mossoró, como de praxe, usou as suas redes sociais para alardear que irá cumprir a lei do Piso Nacional da Educação, estabelecido pelo MEC e pela Secretaria da Fazenda em 3.62% para este ano.

Alarde semelhante ele fez o ano passado ao se recusar a cumprir a mesma lei, modificando tabelas e acionando a justiça sob a justificativa de que Mossoró já paga acima do Piso. A lei foi não modificada de lá para cá.

Em 2022 o piso foi estabelecido em 33,24% e Alysson, mesmo fatiando em parcelas a perder de vista, cumpriu em partes, tendo colocado no cofre do esquecimento o retroativo, sendo que a data-base da Educação é no mês de janeiro. Naquele ano ele também resgatou um percentual de 0,42% deixado pela gestão anterior.

É preciso deixar claro que Alysson não está fazendo outra coisa senão cumprir uma lei federal que lá no passado, ele mesmo defendeu. Que o gestor não está “dando” nada aos professores, mas apenas cumprindo o seu dever e que tem que decidir se no seu mundo azul o piso é lei ou não e se Mossoró paga acima deste Piso ou não.

Acertadamente pagando o Piso conforme a lei este ano, ele mesmo, bota por terra toda a sua conversa fiada do ano passado, quando, ironicamente, judicializou o pagamento devido aos professores. Se tivéssemos uma Justiça célere, talvez os professores de Mossoró agora estivessem, enfim, com seus salários ajustados. Não estão e não estarão.

Antes que a claque patrocinada pela Prefeitura comece a divulgar que o sindicato está “reclamando” pelo fato do prefeito pagar o Piso, registre-se que não há reclamação quanto a isto, mas que o gestor deveria ter atuado desta forma também no ano passado.    

Alysson deveria dizer que a Prefeitura Municipal de Mossoró, na sua gestão, com a negativa de pagar o piso de 2023, também estabelecido pelo MEC em 14,95%, está devendo, por exemplo, a um professor especialista (nível 03), classe 07 a supra quantia R$ 11.553,48, isto sem contar com os retroativos de 2022 e 2023. Se juntarmos estas perdas salariais, o prejuízo ultrapassa os R$ 20 mil.

Os professores e professoras de Mossoró são cientes de tudo o quanto estão perdendo na atual gestão. As peças midiáticas não convencem. A incoerência do prefeito não tem limites, mas tudo se justifica em um ano político.

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