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domingo, 28 de abril, 2024
Por Vonúvio Praxedes
domingo; 28 abril - 2024

Conheça Cristiano Zanin, advogado de Lula que será indicado para ser ministro do STF

Responsável pela defesa do presidente Lula, fez pedido de habeas corpus no STF que resultou na anulação das condenações do petista

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicará nesta quinta-feira o advogado Cristiano Zanin Martins, 47 anos — especialista em direito driminal e atuante no direito econômico, empresarial e societário. Zanin ficou conhecido por seu trabalho na defesa de Lula em processos da Operação Lava-Jato.

Formado pela PUC-SP, o advogado foi o autor, em 2021, do pedido de habeas corpus impetrado no Supremo Tribunal Federal (STF) que resultou na anulação das condenações de Lula, após a Corte ter reconhecido a incompetência e parcialidade do então juiz Sergio Moro. A anulação das sentenças restaurou os direitos políticos de Lula — que ficou preso por 580 dias —, o que possibilitou a candidatura nas eleições de 2022, em que foi eleito presidente da República pela terceira vez.

Biografia

Natural de Piracicaba, no interior de São Paulo, Zanin e sua esposa, Valeska Teixeira Zanin Martins, atuam na defesa de Lula desde 2013 e respondem pelo presidente em todos os processos criminais contra ele. Segundo levantamento feito pelo blog da colunista Malu Gaspar, 88 dos 135 processos de Zanin no tribunal são dedicados à defesa de Lula e da família do presidente, principalmente na Lava-Jato – 65,1% dos casos, todos iniciados a partir de 2015. Desses, 81 são relacionados só a Lula. Em outros 7, os clientes são os filhos, Fábio Luís e Luís Cláudio, e a ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta em 2017.

Após a operação Lava-Jato, o advogado fez a representação jurídica da campanha eleitoral do petista no ano passado e participou da transição do governo, quando ficou responsável pela área de “cooperação jurídica internacional”.

Recentemente, o advogado também foi contratado para atuar na defesa da Americanas, no litígio com o banco BTG Pactual que se desenrola no Superior Tribunal de Justiça (STJ), e pela J&F, holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista, para rever seu acordo de leniência no âmbito das operações Carne Fraca e Lava-Jato.

Zanin também esteve à frente do processo de recuperação judicial da Varig. Na ocasião, atuou para um fundo norte-americano acionista da companhia. A tese fixada pelo STF, afastando a sucessão de dívidas para o comprador de ativos em recuperação judicial, é paradigma até hoje sobre a matéria.

Em setembro de 2020, a casa de Zanin foi alvo de mandado de busca e apreensão emitido pelo juiz da Lava-Jato do Rio, Marcelo Bretas, afastado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Bretas investigava esquema de fraudes no sistema “S” e na Fecomércio fluminense. À época, Zanin considerou a operação abuso de autoridade ao autorizar a “invasão” do escritório e da casa de um advogado com mais de 20 anos de carreira. A denúncia acabou sendo arquivada.

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