Com uma extensa programação entre os dias 10 e 14 de junho, o XXI Fórum do Cangaço e o IV Diálogos Paulo Gastão prometem movimentar Mossoró e cidades da região com debates, lançamentos e visitas a locais históricos marcados pela passagem do cangaceiro Lampião e seu bando. O evento é promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço (SBEC), em parceria com instituições como a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e prefeituras locais.

A iniciativa reúne pesquisadores, professores e interessados na história do Cangaço e visa não apenas fomentar o debate acadêmico sobre o tema, mas também impulsionar o turismo de memória e valorizar a identidade cultural do povo potiguar.

Um olhar sobre o passado para compreender o presente

Em sua 21ª edição, o fórum tem como tema central em 2025 “Mossoró dentro de um contexto histórico que atraiu os cangaceiros na década de 1910 e 1920”. A escolha está inserida em um calendário comemorativo que culminará, em 2027, nos 100 anos da resistência histórica de Mossoró ao bando de Lampião. Até lá, os eventos anuais servirão para aprofundar os estudos e destacar a relevância desse episódio na formação da memória coletiva local.

Programação envolve diversos municípios

A programação começa no dia 10 de junho, em Marcelino Vieira, com debates sobre o episódio conhecido como “Fogo da Caiçara”, além de lançamentos de livros e documentários. No dia seguinte, em Apodi, a discussão se volta à invasão do cangaceiro Massilon. Já nos dias 12 e 13, em Mossoró, temas como vida urbana, desigualdade social, banditismo e o processo de urbanização serão discutidos em mesas-redondas no Colégio Mater Christi.

Destaque também para o lançamento de obras como “Mossoró – os 37 dias que abalaram Mossoró”, de Fabiana Agra, e para o documentário “Messiânicos”, de Tárcio Araújo.

No sábado, 14, os participantes realizarão visitas a lugares de memória nos municípios de Governador Dix-sept Rosado e Felipe Guerra, locais por onde Lampião passou antes de chegar a Mossoró. A expedição será encerrada com almoço em Felipe Guerra e o lançamento da II Exposição da SBEC.

Cultura, memória e desenvolvimento regional

Segundo a organização, são esperadas cerca de 400 pessoas ao longo do evento. Além de fortalecer a pesquisa histórica, o fórum tem impacto positivo na economia local, promovendo turismo cultural e oportunidades de geração de renda. A iniciativa contribui ainda para a preservação e difusão da memória do Cangaço, tema profundamente ligado à identidade do povo nordestino.

Fundada em 1993, a SBEC tem sido protagonista na realização de eventos sobre o Cangaço e na valorização do patrimônio cultural do Rio Grande do Norte e do Nordeste. A entidade reforça a importância de manter viva a história da resistência de Mossoró, que em breve completará um século.

Veja programação completa: