A Escola Estadual de Tempo Integral, Aida Ramalho Cortez Pereira, no Conjunto Walfredo Gurgel, em Mossoró, enfrenta uma série de problemas estruturais que comprometem tanto a segurança, quanto a qualidade do ensino oferecido aos mais de 200 alunos matriculados. A afirmação é de professores e professoras ouvidos/as pela comunicação da Regional do Sinte que pediram para que seus nomes não fossem divulgados. De acordo com os relatos a escola necessita de uma reforma que vá além dos retoques superficiais realizados ao longo dos anos.
Entre as principais dificuldades enfrentadas, estão problemas nas instalações elétricas, hidráulicas e físicas da escola. Segundo os educadores, a estrutura do prédio tem se deteriorado ao longo do tempo, sem que haja uma intervenção significativa por parte do poder público. As melhorias realizadas até hoje se resumem a serviços de limpeza e pequenos reparos, insuficientes para atender às demandas da comunidade escolar.
A escola enfrenta uma escassez de espaços adequados para atividades pedagógicas e extracurriculares. Não há laboratório de ciências, e a área destinada às práticas esportivas é inadequada. O refeitório também não oferece as condições mínimas de funcionamento, e falta uma área de convivência para os alunos, o que prejudica diretamente o ambiente escolar e a socialização.
Além disso, a infraestrutura do prédio apresenta sérias falhas. O forro de algumas salas de aula já desabou, embora, felizmente, os alunos não estivessem no local no momento do incidente. A madeira e o telhado estão comprometidos, e a troca desses materiais se torna uma necessidade urgente. O sistema elétrico e hidráulico da escola também precisa de uma revisão completa para garantir a segurança dos alunos e funcionários.
A reforma das portas, janelas e melhorias nos banheiros são igualmente prioritárias, pois as condições atuais expõem a comunidade escolar a riscos desnecessários. Outro problema crítico é o piso das salas de aula, que necessita de nivelamento e uniformização para garantir conforto e segurança aos estudantes.
Os professores denunciam que, até o momento, não houve um investimento significativo para sanar essas questões. “Estamos convivendo com problemas que comprometem a integridade física dos alunos e dificultam as práticas pedagógicas. Não podemos permitir que a escola continue sendo ignorada”, afirmou um dos educadores que preferiu não ser identificado.
A comunicação do Sinte entrou em contato com a direção da escola e conversou com o gestor Suniey Feitosa, que afirmou que, no primeiro semestre do ano, a secretária estadual de Educação, Socorro Batista, esteve pessoalmente na escola, avaliou a situação e “garantiu a reforma e ampliação da unidade para atender às necessidades de adequação para a modalidade de tempo integral. Até agora, não houve alterações nessa promessa”, afirmou o gestor.
A comunidade escolar cobra uma resposta do governo estadual para que as reformas necessárias sejam realizadas. A situação da Escola Estadual Aida Ramalho é um reflexo da falta de investimentos na educação pública e da negligência com as condições das unidades de ensino. É urgente que as autoridades tomem providências para resolver esses problemas e garantir que todos os estudantes e funcionários tenham acesso a um ambiente seguro, confortável e digno de aprendizado.