O presidente do Sindicato da Indústria da construção Civil de Mossoró (Sinduscon), engenheiro Pedro Escóssia, vai se reunir nesta sexta-feira (05/08) em Natal, com os diretores da CAERN. O Sinduscon vai cobrar a regulamentação de acordos assumidos pela estatal, mas que ainda não foram colocados em prática.
O Sinduscon reclama do excesso de exigências da CAERN para emitir o certificado de viabilidade técnica dos novos empreendimentos. Segundo a entidade, as condicionantes inviabilizam o lançamento dos empreendimentos, prejudicando o setor da construção civil em Mossoró. “A CAERN exige que o empresário construa, amplie, melhore e faça a manutenção das redes de abastecimento de água existentes, além de adquirir equipamentos caros para cumprir as exigências. Tudo isso é custeado pela construtora e depois entregue à CAERN que não arca com nada. São exigências que, além de exageradas, não estão previstas em lei”, explica o Engenheiro Pedro Escóssia.
Ainda segundo Escóssia, essas exigências oneram os projetos dos empreendimentos sobremaneira, fazendo com que muitas construtoras desistam de construir. “A construtora fica sem saída, ou ela absorve os altos custos dessas exigências, repassa para o cliente ou aborta o projeto. Infelizmente muitas têm optado por desistir de construir”, lamenta.
O presidente do Sinduscon observa que as exigências acabam por impactar na economia do município e na geração de emprego, já que a construção civil é um dos setores que mais emprega. “A cada projeto abortado, centenas de trabalhadores perdem a oportunidade de trabalhar”, explica.
Em outras ocasiões a CAERN já havia se comprometido informalmente a não mais cobrar essas condicionantes e encontrar uma solução. O problema é que a empresa insiste em não regulamentar e documentar o acordo, assim, sempre que muda direção, presidência ou diante de qualquer outro fato, torna a exigir as condicionantes.
Apesar da demora na resolução, Pedro Escóssia espera que o bom senso prevaleça e acredita em um acordo. “Espero que a CAERN se sensibilize e regulamente o acordo e entenda que a obrigação de estrutura para fornecer água e tratamento de esgoto é da companhia e não dos empreendedores. Esperamos uma solução o mais breve possível. A construção civil não pode parar”, finaliza.