Coincidência ou não, a divulgação da pesquisa TCM/TSDois funcionou como um verdadeiro gatilho para o xadrez político potiguar. Desde a última semana, o que se percebe é uma aceleração clara nas articulações que envolvem nomes, apoios e costuras partidárias para as eleições de 2026.
Os meses para o pleito ainda vão se aproximando, mas o clima já é de pré-campanha acelerada. Na prática, o que deveria ser um período de bastidores discretos virou palco aberto: vereadores, secretários e até figuras de expressão nacional começam a marcar território.
Veja Pesquisa TCM/TSDois
O vereador Wiginis do Gás, por exemplo, já anunciou apoio à pré-candidata a deputada federal Nina Souza, esposa do prefeito de Natal, Paulinho Freire. Um gesto que reforça o alinhamento entre Mossoró e a capital e mostra como os apoios regionais tendem a pesar nas proporcionais. Paralelamente, Wiginis também declarou voto em Ivanilson, deputado estadual de Baraúna, consolidando pontes entre o Oeste e a Assembleia.
Em outra frente, o jovem Ivan Baron, conhecido pela defesa da inclusão e da acessibilidade, confirmou apoio à reeleição da Senadora Zenaide Maia (PSD). O próprio Baron poderá ser candidato a deputado federal, o que indica que o campo progressista também se organiza, ainda que sob indefinição partidária.
Os vereadores mossoroenses Petras Vinícius e Cabo Dayvison, citados na pesquisa TCM/TSDois, também entram nesse jogo de influência. Petras já sinalizou manter parceria com o Deputado Kleber Rodrigues e é chamado para reuniões políticas, enquanto Dayvison, líder da oposição na Câmara de Mossoró, passa a ser disputado por grupos interessados em associar seu nome à visibilidade que conquistou. O problema do Cabo é ter anuência do MDB para disputar o pleito por outra legenda.
Até o ex-prefeito Álvaro Dias resolveu opinar, afirmando que “acertou as previsões de 2024” e em entrevista atestou que Allyson Bezerra precisará agregar parcerias se quiser chegar ao governo em 2026. Uma fala que soa como recado e leitura de cenário: o prefeito mossoroense, líder nas pesquisas, terá de equilibrar protagonismo com articulação, algo indispensável para quem quer vencer em escala estadual.
No fim das contas, o que se vê é um xadrez político que começou a ser jogado muito antes da campanha. As peças estão se movendo rápido, talvez rápido demais, impulsionadas por números que reacenderam ânimos e projetos.
A próxima pesquisa TCM/TSDois vai ser em meados de dezembro e até lá muita coisa ainda vai acontecer.
E, como bem se sabe, em política, quem se antecipa pode sair na frente, mas também corre o risco de se expor antes da hora.
Veja entrevista com Erison Natécio, Sócio fundador da TSDois Pesquisas





