A pesquisa DataVero/Diário do RN devolveu a Carlos Eduardo Alves o que a política tem de mais precioso: viabilidade eleitoral. Mesmo após um ano em silêncio e sem movimentação pública, o ex-prefeito de Natal aparece com 16,24% na corrida pelo Governo do Estado e 11,66% na disputa pelo Senado, VEJA AQUI. É um sinal claro de que o eleitorado ainda guarda memória do seu capital político.
O movimento agora é natural: Carlos Eduardo pede para ser incluído nos próximos levantamentos e anuncia que vai retomar a agenda de visitas em bairros de Natal e no interior. Na prática, ele volta ao tabuleiro maior, obrigando partidos e lideranças a recalcular os cenários para 2026.
O retorno mexe diretamente com o PSD, partido ao qual é filiado e que já tem a senadora Zenaide Maia como pré-candidata à reeleição. A força de Carlos Eduardo mostrada na pesquisa, aumenta o peso da legenda nas negociações, mas também cria tensões internas, já que a presença dele nas pesquisas pode reposicionar alianças, inclusive a ligação umbilical de Zenaide com Allyson Bezerra.
Outro ponto é a leitura da disputa. Allyson lidera, mas tem Carlos Eduardo logo atrás, seguido por Rogério Marinho e Álvaro Dias. O quadro mostra um eleitorado fragmentado, sem hegemonia, o que abre espaço para composições ainda imprevisíveis. Ao Senado, o protagonismo é de Styvenson, mas a entrada de Carlos Eduardo mostra que o jogo está longe de ser definido.
A estratégia do ex-prefeito é simples: transformar lembrança em presença. Se conseguir converter os índices iniciais em estrutura de campanha, pode se tornar peça central nas negociações para 2026. Mas se não ocupar os espaços que a política exige, corre o risco de ver a boa largada se dissolver, vide 2022.
No fim das contas, o silêncio de um ano acabou. Carlos Eduardo volta a falar e, ao falar, força todos os demais a ouvi-lo.