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sábado, 4 de maio, 2024
Por Vonúvio Praxedes
sábado; 4 maio - 2024

Rio Greve do Norte não existe mais

Se fosse por avanços e melhorias nas condições dos servidores seria até compreensível, mas não é

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Está cada vez mais difícil a realização de movimentos grevistas no Rio Grande do Norte. Servidores estão sendo emparedados em suas reivindicações que muitas das vezes são históricas, como no caso do DETRAN.

Trabalhadores do Departamento Estadual de Trânsito do RN cobram concurso público e melhorias salariais. Um dos órgãos públicos que mais arrecada no Estado não tem condições de bancar a si, pelo menos na compreensão da gestão de ocasião. Sempre foi assim e este mérito não é da atual governadora. A articulação política de Fátima Bezerra entrou em campo semana passada e barrou a greve do Detran por meio judicial. Medida que no passado era rechaçada por Fátima e seu grupo.

Na saúde, o discurso de avanços do Governo Fátima não é aceito pelos servidores. As cobranças da categoria, mesmo tentando com frequência, não conseguem evoluir nas lutas por causa também de ameaças de judicialização do movimento. Em 2019, o Sindsaúde foi o primeiro sindicato a aprovar greve nos momentos iniciais do mandato da atual chefe do executivo e até hoje faz reivindicações por vezes ignoradas.

Nas campanhas eleitorais Fátima que sempre reforçou o slogan de “primeira Governadora de origem popular”, ultimamente tem lutado contra greves dos servidores que tanto incentivou num passado recente para conquistar espaços político.

Até a educação entrou em greve neste ano cobrando reajuste do piso do magistério. Mesmo sem condições de pagar, Fátima foi lá e deu os 14,95% que empurrou o Estado buraco abaixo. Nem Fátima, nem seus secretários dizem isso de viva voz porque não é bom para a imagem política da gestora professora.

Ao barrar greves, é lamentável que nos dias atuais Fátima possa agir como uma liderança de direita/conservadora, vindo de onde veio, lutando pelo que lutou, construindo o que construiu.

Se fosse por avanços e melhorias nas condições dos servidores seria até compreensível e aceitável pedidos na justiça pelo fim de greves, mas não.

O Rio Greve do Norte não existe mais porque Fátima não deixa.

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