A pandemia do novo coronavírus entra numa semana estratégica para contenção ou disseminação do contágio. O alerta foi feito pelo secretário adjunto da Saúde Pública no RN, médico Petrônio Spinelli, em entrevista coletiva nesta segunda-feira (20) para atualizar o quadro de ocorrências.
“Esta semana é estratégica e exige reflexões. O Governo do RN continua em processo de expansão de leitos para assistência a casos críticos em todo o Estado. São leitos em Natal e Mossoró, e também em cada região. A ideia é que todas as regiões tenham pontos de estabilização incluindo respiradores, seja pontos públicos ou privados. Este esforço vem dando resultados sim”, afirmou.
O Rio Grande do Norte apresentou ontem, segunda-feira (20/04) aumento do número de internados, mas uma percentagem de ocupação de leitos críticos (em unidades de terapia intensiva e semi-intensiva) está estável (21%), devido ao aumento da oferta. Hoje há 91 pessoas internadas em leitos críticos e observação, 16 casos em UCI (Unidades de Cuidados Intermediários) confirmados e oito suspeitos, e 18 internados em leitos clínicos.
Os casos suspeitos são 2.785. Descartados 2541. Confirmados, em 46 cidades, 595 casos. São 161 pessoas recuperadas. Há notificações em 151 municípios. São 27 óbitos e sete em investigação.
“O diagnóstico de hoje é a fotografia do que aconteceu 10 ou 14 dias atrás. Nos últimos dias vimos um processo extremamente preocupante de aglomerações. E essas aglomerações de hoje terão repercussão nos próximos dias com possível aumento de casos. Não termos colapso no nosso sistema de saúde é resultante das ações normativas, dos decretos do Governo do RN tomou. E também da compreensão da sociedade que adere às medidas de proteção”, explicou Petrônio.
O secretário, entretanto, alertou: “precisamos entender que todas as medidas de mitigação foram fundamentais para o quadro atual. Mas, tudo isso pode ser neutralizado pelas aglomerações dos últimos dias. O Governo do RN tem como meta evitar mortes, salvar vidas, por isso toma medida baseadas no conhecimento científico que devem ser respeitadas. É preciso intensificar proteção aos idosos e generalizar o uso de máscaras. Isso é comprovado mundialmente”, afirma.