Ao anunciar colapso financeiro no sistema do transporte público coletivo de Mossoró VER AQUI por causa da pandemia de Coronavírus que reduziu significativamente a quantidade de passageiros, a empresa Cidade do Sol afirma que entre várias medidas que devem ser adotadas junto a Prefeitura mossoroense, uma delas é o reajuste da tarifa cobrada. Atualmente o valor cobrado é de R$ 3,30, mas segundo estudos feitos pela empresa seguindo metodologia da ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, esse valor deveria ser de pelo menos R$4,65.
Segundo Ramon Nascimento, diretor de operações da Cidade do Sol, esse valor torna-se necessário porque a quantidade de pessoas que usam o transporte público em Mossoró de graça é de 43%. A chamada gratuidade por aqui é o dobro do que é visto em outras cidades, além disso, “o custo da tarifa está defasada há mais de dois anos”, alerta Ramon.
Segundo a direção da empresa, apesar de melhorias em tecnologia e em veículos para resgatar a confiança da população, desde 2016 a Cidade do Sol opera no limite do equilibro financeiro e a pandemia do Coronavírus veio antecipar uma condição já prevista. Com medidas adotadas nas últimas semanas, apesar de atender a toda área urbana de Mossoró a empresa que possui 35 ônibus, está com apenas 9 desses transportes em circulação. “A qualquer momento não teremos condições minimas de operação, seria uma paralisação total. A empresa não tem mais caixa”.
Entre os pontos levantados pela empresa para reequilíbrio financeiro do transporte coletivo em Mossoró, é preciso políticas públicas como solução para viabilizar o sistema, uma dessas é desoneração da tarifa por meio de impostos, fiscalização de clandestinos e a aquisição de vale-transporte de forma direta que poderia injetar mais dinheiro para a saúde financeira da empresa. O Governo Federal também está sendo convocado ajudar com subsidio no valor de passageiros com gratuidade.