Via O Globo
Divulgada pelo Palácio do Planalto, a primeira lista de assessores do gabinete de transição do presidente eleito Jair Bolsonaro tem 27 nomes e nenhuma mulher. Publicada no Diário Oficial da União nessa segunda-feira (05/11), pela Casa Civil, a relação de assessores foi entregue na semana passada ao governo do presidente Michel Temer pelo ministro extraordinário, Onyx Lorenzoni. O presidente eleito pode nomear até 50 representantes para a equipe de transição.
“Temos os indicados pelo grupo de transição e outros entrarão como cedência, disponibilização ou colaboradores voluntárias. Foi a forma que achamos para dar consistência e amplitude aos trabalhos”, afirmou Onyx.
A ausência de mulheres na equipe de transição do presidente eleito causou preocupação entre parlamentares da bancada feminina no Congresso. Elas dizem que o futuro governo reproduz a desvalorização da mulher pela sociedade em espaços de poder.
“Por mais que o entorno dele faça publicidade e tente desconstruir a imagem dele de quase 30 anos de política, a prática não permite isso. O exemplo é esse, com a equipe de transição. Ele não tem proximidade com mulheres fortes e representativas” diz a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB).
Para ela, o grupo político de Bolsonaro ainda vê a mulher como submissa ao homem.
“Isso nos preocupa também não apenas na questão de gênero. A manifestação de intolerância dele atinge todos os segmentos mais vulneráveis, índios, negros, e já imaginamos o espaço que terão no governo dele”, afirma a senadora.
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