Uma reportagem da radialista Elizângela Moura/ TCM 95 FM chamou atenção nesta segunda-feira, 04/02, onde um doador de sangue denunciou a alimentação servida após o processo de coleta sanguínea.
Até o final do ano um suco natural era normalmente oferecido com pedaço de torta ou bolo. O problema é que recentemente estão sendo servidos alimentos nada saudáveis aos doadores. “Atualmente estão servindo refrigerante com bolacha salgada ou recheada de pacote. Alimentos industrializados que não são recomendados por médicos especialistas”, afirmou a repórter.
Ouvido pela radialista, o doador Marcelo Amorim detalhou sua insatisfação, “desta vez quando fui doar estranhei o lanche. Eu achei um absurdo. Reclamei na cozinha, mas lá disseram que era um ordem que veio de Natal”. O doador que ajuda ao Hemocentro há vinte anos também fez uma reclamação formal as assistentes sociais do órgão.
A nutricionista Patrícia Duarte, ouvida pela reportagem de Elizângela Moura confirmou: “São alimentos altamente prejudiciais para qualquer tipo de consumo, ainda mais para quem acabou de doar sangue. São recomendados alimentos naturais e principalmente líquidos”.
“Não é um bom lanche após a retirada do sangue. É preciso uma hidratação intensiva e refeição saudável. Poderia até ter um pão ou bolacha salgada, mas o problema do refrigerante com estes outros alimentos é a possibilidade de desidratação. Do jeito que está sendo não faz bem a ninguém”, afirmou a endocrinologista Talliana Medeiros.
Outro lado
A direção do Hemonorte, que também respondeu pelo Hemocentro/Mossoró, respondeu ao questionamento da reportagem afirmando o seguinte:
Resposta sobre a mudança do lanche na copa do doador:
A padronização dos lanches para o doador de sangue no Hemocentro do RN tem seguido a mesma linha dos demais Hemocentros do Brasil.
A finalidade desse alimento consiste na reposição hídrica e fornecimento de glicose para impedir hipoglicemia. Com essa mudança conseguimos ter controle absoluto sobre custos, impedimos desperdício de alimentos perecíveis, evitamos desvios, otimizar os recursos humanos disponíveis e atendemos às exigências da Vigilância Sanitária.
É importante falar que o Hemocentro não consegue funcionar como um restaurante. A confecção de comida na instituição demanda uma série de complicações, custos, perdas e infrações sanitárias.
Evidente que melhorias podem ser feitas ao longo do processo, porém a ideia permanece. Não estamos, nem somos diferentes de outro grande banco de sangue nacional.
É um compromisso com a qualidade do serviço e respeito com o erário público.