Durante a semana passada a Governadora Fátima Bezerra (PT) cumpriu agenda de três dias na capital do semiárido, mas Mossoró não engoliu, na verdade, foi engolida pela chefe do executivo com sua agenda positiva. Com tantos anúncios e pautas importantes à população pouco se falou de problemáticas enfrentadas pela cidade que são de responsabilidade do Estado.
Por três dias a chefe do executivo esteve na reitoria da UERN, na posse da nova Reitora, garantiu regularização fundiária, falou de benefícios para agricultura familiar e perfuração de poços entrou na lista de promessas. Garantiu reformar o Hospital Regional Tarcísio Maia e visitou mais uma vez o hospital da Mulher, entre outras atividades. Uma extensa agenda que contou ainda com entrevistas diversas repetindo a programação. Pouco ou quase nada falou de eleições do próximo ano: “apenas em 2022”, asseverou Fátima. O Estado entra nos eixos financeiramente, mas pode se perder nos detalhes do oba oba.
Em Mossoró há reclamações da falta de neurologista 24h e aparelho tomógrafo quebrado no Tarcísio Maia. Tem ainda a falta de medicamentos no HRTM, problemas que não entraram na lista de reclamações públicas na agenda. Uma antiga promessa de construção de posto policial na RN 117 ninguém falou. Promessas de reformas em RNs já existem, ainda sem prazos. Reforma do 2° Batalhão da PM, nada. Reclamações de falta de segurança na zona rural persiste. Diárias operacionais da PM em atraso. Na pressão a Governadora confirmou retorno das cirurgias eletivas depois de muito tempo paralisadas. Na prática Mossoró não possui uma grande obra original do Governo Fátima.
A agenda positiva tem mesmo este objetivo de tornar assuntos de interesse no Estado acima de problemas que atingem a população principalmente a mais pobre. Tudo isso é também política eleitoral.
Quanto a preocupação… É que por enquanto Fátima ainda não tem oposição.