Há 86 anos A Voz do Brasil entra nos lares dos brasileiros. O programa já teve vários nomes e acompanhou o mandato de 23 presidentes, a Segunda Guerra Mundial, a descida do homem à Lua, várias Copas do Mundo e a morte de importantes nomes do cenário nacional.
Funcionário mais antigo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) na equipe de A Voz do Brasil, Erivaldo Santos, conhecido como Leleco, lembra que, nesses 20 anos, o programa passou por muitas mudanças tecnológicas de formatos e conteúdo. “Acompanhei a mudança da transmissão analógica para a digital e isso aconteceu na Voz também: saímos da operação com cartucho para o touch screen”, revela. Ele lembra a mudança de formato: antes o programa tinha apenas as notícias do Executivo e Legislativo. Hoje comporta Judiciário também. Mas a principal transformação, com certeza, foi na forma de dar a notícia. “Ela deixou de ser menos oficial e burocrata e passou a ser mais contextualizada, mais próxima da linguagem informal, como é o propósito do rádio”, diz. Ele destacou também o esforço de se noticiar as políticas e ações com impacto na vida do cidadão.
Responsável por todo o conteúdo que vai ao ar, o editor-chefe do programa, Eduardo Biaginni, explica melhor essa missão de A Voz do Brasil. “A ideia do que vai ao ar, basicamente, é tentar levar aos ouvintes os impactos que as ações e programas do governo têm no dia a dia deles. Como as ações pensadas e realizadas nos gabinetes aqui de Brasília são refletidas lá na ponta. A partir disso, são desenvolvidas as pautas que vão ao ar. E o enfoque é sempre esse, de serviço, de como as pessoas podem ter acesso ou serem beneficiadas pelas ações do governo”, diz. Segundo ele, o programa tem hoje um público muito amplo que vai desde moradores de grandes capitais, cidades pequenas, zona rural e até ribeirinhos.
Biaginni acredita no papel que A Voz do Brasil tem como canal direto de comunicação do governo com a população brasileira reportando assuntos e serviços que raramente o público teria acesso em emissoras de rádio comerciais.
As duas vozes do Brasil
Jornalistas concursados da EBC, Gabriela Mendes e Nasi Brum são os apresentadores que hoje dão voz ao programa A Voz do Brasil. Ela está na empresa há 16 anos, e há quatro atua como locutora do programa, sendo que antes já trabalhava como editora. “Para mim, é uma honra e um orgulho ser a voz feminina do programa de rádio mais antigo do país. Chegamos a locais onde nenhum outro meio de comunicação chega e conseguimos falar com as pessoas nos lugares mais remotos do Brasil.”, diz. Segundo ela, A Voz do Brasil leva ao cidadão as notícias do governo que impactam na vida dele e que “na maioria das vezes, essas pessoas só ficam sabendo de programas e políticas públicas a que elas têm direito por meio da Voz”, diz.
Funcionário da EBC há 35 anos, Nasi Brum está na apresentação de A Voz do Brasil há cinco. De acordo com o apresentador, A Voz tem o papel de mostrar ao cidadão como são aplicados os recursos públicos. “São políticas públicas e serviços que muitas vezes o cidadão nem sabia que existiam para melhorar a vida dele”, diz.