A cidade de Mossoró registrou nas eleições do ano passado 477 candidaturas à Câmara municipal (contando com registros deferidos, indeferidos e desistências).
Dois anos depois, no pleito de 2022, poderemos ter novamente grande quantidade de candidatos, tanto à Assembleia Legislativa quanto à Câmara Federal. Esta não é uma reportagem definitiva, claro que outros nomes poderão surgir ou mesmo alguma resistência.
Parlamentares com mandatos no poder legislativo municipal confirmam que buscarão assento na ALRN como é o caso da vereadora Larissa Rosado (PSDB) e Genilson Alves (PROS).
O vereador Tony Fernandes (SDD) não assume ainda, mas poderá figurar entre os candidatos. Assim como Isaac da casca o mais bem votado em 2020, que não descarta sua candidatura a Deputado Estadual, “se o povo quiser eu saio candidato”, diz Isaac. Essa fala é repetida ainda pelo vereador Pablo Aires (PSB) que também se prepara para 2022.
Quem terá um papel determinante nas articulações políticas é o Prefeito de Mossoró Allyson Bezerra (SD) que ainda manterá a polarização com o grupo de Rosalba Ciarlini (PP).
O vice-prefeito de Mossoró Fernandinho do PSD é um possível candidato à ALRN, visto suas movimentações e agendas políticas em Brasília. Garantindo o apadrinhamento do Prefeito terá grande destaque nas urnas, mas não será o único a buscar essa “bênção”.
Da administração Allyson, seu secretário de infraestrutura Brenno Queiroga (SD), ex-candidato a Governador do RN em 2018, ex-prefeito de Olho D’água do Borges, poderá ser candidato a Deputado Estadual próximo ano. Outros nomes ligados ao Prefeito poderão surgir para fortalecimento do Solidariedade e partidos agregados como o PSD.
Já Lawrence Amorim (SD) – presidente da Câmara mossoroense – deverá buscar mais uma vez candidatura à Câmara Federal pelo Solidariedade. O cenário com certeza será mais favorável, por causa do mandato no legislativo mossoroense e o apoio do Prefeito Allyson, que terá apenas ele como nome à Câmara Federal. Em 2018 Lawrence obteve 24.551 votos.
Nos bastidores da política na cidade a ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PP) é cotada para formar uma dobradinha com o sobrinho Beto Rosado (PP) ela na Assembleia Legislativa e ele na Câmara Federal. A polarização Rosa X Pobrezinho vai ser novamente motivo de disputa de votos, por um fator simples: sobrevivência política.
O Rosalbismo terá novamente o Sandrismo em lado oposto, visto que não é descartada a candidatura dupla Sandra Rosado (PSDB) para Deputada Federal e Larissa Rosado (PSDB) para Deputada Estadual. Larissa em 2018, apesar de ter sido a mossoroense mais vem votada à ALRN na cidade com 17.753, não conseguiu sua cadeira.
Capítulo à parte: Com base sólida na cidade o PT da Deputada Estadual Isolda Dantas, que é presidente local da sigla, necessita buscar uma aproximação com a vereadora Marleide Cunha. Em constante evidência no legislativo municipal ela consegue agregar uma importante parcela do eleitorado mossoroense, os servidores municipais. Em 2020 um racha dentro do partido atrapalhou planos mais ousados do Partido dos Trabalhadores, entre eles eleger pelo menos duas cadeiras na Câmara. Outras prioridades rondam o PT em nível estadual que precisa passar por Mossoró: na Câmara Federal a reeleição de Natália Bonavides, a eleição de Mineiro, assimo como garantir um novo mandato ao Senador Jan Paul Prates, além claro da Governadora Fátima Bezerra.
Quem deverá desembarcar por Mossoró sem apoio garantido de nomes tradicionais da política na cidade é o Deputado Federal General Girão, ainda no PSL. A maior votação do parlamentar em 2018 foi na capital Natal (36.290 votos), mas Mossoró (7.052 votos) continua estratégica por ter sido a terceira cidade a dar mais votos a ele, sendo Parnamirim (10.799 votos) em segundo. O Bolsonarismo continua – obviamente – com apoio dos seus aguerridos e fiéis eleitores mossoroenses. Vão buscar a reeleição de Girão e algum nome à ALRN.
Em Mossoró não podemos esquecer do MDB da ex-vereadora Izabel Montenegro. Sucesso nas urnas em 2020, formou uma nominata que conseguiu eleger 3 vereadores, incluindo sua filha Carmem Júlia. Ao todo o partido conseguiu em meio a grande quantidade de candidatos 6.183 votos. O feito veio sem apoio nas ruas de grandes nomes do partido como Henrique Alves, Garibaldi Alves e o próprio presidente da sigla Walter Alves. Se a prioridade do MDB for a reeleição de Walter, vai ser preciso votos dos mossoroenses por meio de uma aproximação do Izabel que hoje não existe.
Além destes citados outros tantos entrarão nos debates de formatação de nominatas dos partidos que certamente buscarão lideranças mossoroenses.
Ainda estamos longe de outubro de 2022, mas muitos são os pensamentos, planejamentos e articulações.