Por Alexandre Fonseca
Preciso começar pontuando o seguinte: toda e qualquer expectativa que você fomentar por algo ou por uma pessoa, será potencialmente instável. O ser humano carrega um traço de personalidade muito forte, chamado “o ato da decepção”. Leva-se um período de amadurecimento, para compreender como praticar a filtragem daqueles que poderão te causar um certo desencanto. Eu mesmo já posso ter gerado no outro um sentimento parecido. É inerente e imprevisível!
Um ciclo humanitário em que todos atravessam. Sem o mal, não existe o bem. Sem a frustração, não existe a satisfação. Infelizmente é como as coisas funcionam. Não é radicalismo, te juro. Tomar uma decisão em que favorece uma pessoa indiferente a você, tem sido bem comum. Quem mereceria seu tempo e disposição, não o recebe. “Mas como pode afirmar uma coisas dessas? Cada indivíduo age de modo particular, Alexandre.” Meu subconsciente retrucando, porém, acontece.
Claro, a minha maneira de enxergar as circunstâncias e o mundo, não implica em generalização. Não significa que o(a) colega ao lado também dimensionará algumas atitudes que considero simples, da mesma forma que eu. Exemplo: receber um obrigado após prestar uma assistência. Tem muita gente sem educação que não sabe agradecer, fato. Somos diferentes, não é? Somos! Ainda assim, temos em comum a capacidade de criar expectativas e dar de cara com o desgosto logo em seguida. Acredito que pelo menos uma vez, já tenha vivenciado uma situação assim. Acertei?
Tenho em mãos a carteirinha do desapontamento. Chegou em um nível que me coloquei na imediata resolução: necessito parar de fazer as coisas por ocasiões e executar por querer, por vontade. Óbvio que haverá exceção. É clichê e toda regra continua tendo uma, no entanto, assimilei aplicar a transparência nas escolhas do futuro. Propósitos concretos com zero por cento de pressão.
Por fim, nunca projete sua ajuda com a finalidade de conseguir uma recompensa. Perde-se totalmente o conceito, toda a essência e significado de amparo, de dizer sim num processo de auxílio, com o pensamento de fazer com certas intenções. Em contrapartida, não há razão para ser positivo(a) com todas as pessoas que te pedem favores. Se não quer, não faz! Seja genuíno(a). E se por acaso, ocorrer um desapontamento com o próximo, busque o diálogo e crie menos expectativas, mantenha um equilíbrio. Entendendo quais são as suas prioridades, o seu mundo fica mais leve e você subjetivamente satisfeito(a) com as pretensões dos próximos passos que dará. A vida continua seguindo no fluxo normal independente da sua resposta. Apenas pratique a honestidade, é um alívio. Vai por mim!