Foi retirado de pauta na sessão ordinária remota da Câmara de Caraúbas um pedido para formação de uma Comissão Parlamentar Processante para investigar sobre a folha de pagamento dos servidores da Prefeitura caraubense. O presidente do Legislativo, Zeca Alves (PP) atendeu a uma recomendação da assessoria jurídica da casa que verificou necessidade de adequação no requerimento.
O pré-candidato ao executivo caraubense Edu Licurgo (PL), junto com os demais vereadores oposicionistas Titica de Lúcio (MDB), Socorro Melo(MDB) e Josean Amorim (MDB), juntos, entraram com o pedido de investigação na terça-feira dia 24/06, na casa legislativa. Segundo estes, a implantação de uma CPP é necessária para que sejam apurados, analisados e julgados a possibilidade de atos de infração político-administrativos da gestão do Prefeito Júnior Alves (PSD).
No documento, a bancada de oposição questionava sobre pontos apontados como sendo graves, como o cumprimento da carga horária, a locação de veículos, assiduidade dos funcionários, além do fato que na relação constam servidores com cargos efetivos que não teriam passado por concurso público.
A CPP na Câmara de Caraúbas equivale a uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) em outras casas Legislativas.
Outro lado
Entramos em contato com o Prefeito de Caraúbas que nos encaminhou a seguinte nota:
“Esse movimento é natural no meio político atual e é lamentável. Não existe o desejo de investigar e sim de criar um fato político. Foram três anos sem nenhum problema para somente às vésperas do período eleitoral aparecer um pedido de CPP – Comissão Parlamentar Processante.
É apenas uma forma de ganhar um palanque, alguma projeção, já que durante os primeiros anos de mandato, a atuação foi praticamente nenhuma por parte da oposição. Respeitamos o Legislativo e confiamos que haverá uma solução eficiente para o caso.
Estamos muito tranquilos porque sabemos que esse pedido não se sustenta. Informamos todos os meses a folha, que é pública, para os órgãos de fiscalização e não existe qualquer consideração desses órgãos apontando irregularidades. Não existe nenhum procedimento instaurado. Quando faltam argumentos, sobra esse tipo de coisa”.