A Câmara Municipal de Mossoró abriu o ano legislativo 2020, nesta terça-feira (4/02), com a leitura da mensagem anual do Executivo, feita pela prefeita Rosalba Ciarlini (PP). A sessão inaugural foi prestigiada por instituições e segmentos sociais. Houve protestos por parte de pessoas ligadas a organizações que atuam em defesa dos animais.
A presidente da Casa, Izabel Montenegro (MDB), conduziu os trabalhos. O vigário geral de Mossoró, padre Flávio Augusto Forte de Melo, leu mensagem bíblica e em seguida, a Presidência passou a palavra à prefeita.
Rosalba Ciarlini apresentou vídeo, com retrospectiva de ações do governo, e iniciou a leitura. Prestou conta de realizações em todas as áreas da administração municipal, ao traçar paralelo entre a Prefeitura hoje e quando assumiu a gestão, em 2017. A mensagem completa com 32 folhas pode ser lida clicando AQUI.
Durante a fala da Prefeita, gritos de “mentirosa” e “eutanásia não”, eram repetidos e por algumas vezes a prefeita chegou a interromper a leitura da mensagem. Houve um momento em que a Presidente Izabel Montenegro chegou a dizer que mesmo sabendo dos protestos, Rosalba não se esquivou e foi ao plenário da casa legislativa, num sarcasmo direcionado a atitude da Governadora Fátima Bezerra que não foi ler a mensagem anual na Assembleia Legislativa.
Divergência na educação
Entre alguns pontos colocados pela Prefeita na mensagem, a questão envolvendo o pagamento do piso nacional do magistério em 12,84% é um deles. Na mensagem foi colocado que: “Mesmo Mossoró já tendo o piso superior ao teto nacional, vamos conceder os 12,84% do reajuste anunciado pelo governo federal. Com isso, o menor salário do nosso professor com 30 horas subirá para R$ 2.995,51 e com 40 horas R$ 3.994,04. Já o maior piso sobe para 6.196,03”.
A afirmativa foi rebatida por Marleide Cunha, presidente do sindicato que representa os servidores públicos de Mossoró. A líder sindical disse sobre a fala da chefe do executivo: “Mostra um total desconhecimento da Prefeita em relação a política nacional de remuneração dos professores. Não existe teto nacional, o que existe é um piso mínimo, é o salário mínimo dos professores de nível médio. A partir daí é outra lei, os planos de carreira que definem. Então, a Prefeita não conhece a lei do piso nacional”.
Marleide Cunha diz ainda que a Prefeitura de Mossoró desvalorização dos professores, mas ano passado não deu o reajuste completo no ano passado. “É a continuidade da desvalorização”, diz a sindicalista.