Era um dos melhores contadores de histórias e estórias com quem eu convivia. Sabia de todo assunto, ultimamente fazia questão de negar seu interesse por esportes, mas não deixava um palpite passar. Conseguia contar uma notícia em poucas linhas e sua voz tornava cada reportagem inconfundível. Seus problemas e suas mágoas sempre foram ditas, ouvidas e prontamente aconselhadas por tantos amigos e amigas ao seu redor. Não foi suficiente.
Não vou escrever muito até porque ele ficaria cansado de ler e iria reclamar. Entre as várias e várias pessoas com quem tenho contato no trabalho e na vida, João Carlos sempre tinha uma palavra amiga, sincera e de conforto para qualquer situação. Se eu pudesse voltar naquela sexta-feira eu não sei o que poderia falar para impedi-lo de concretizar aqueles pensamentos, mas com certeza daria um abraço, igual aquele de quando voltou das férias.
Fique bem João, descanse, se recupere. Por aqui, seguiremos, com tristeza.
Saudade.