Via UOL/ Wellington Ramalhoso
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, 47, vê uma situação de perigo no Brasil. Para ele, o atraso de uma retomada mais forte do crescimento econômico pode provocar colapso e ruptura social. “O Brasil é um caldeirão prestes a explodir”.
Para Santa Cruz, que participa do Conselho Estratégico da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o governo Jair Bolsonaro (PSL) perde tempo com “bobagens ideológicas e radicalizadas” e precisa “tratar do que importa, que é emprego e renda”.
Filho de uma vítima da ditadura militar, o advogado foi presidente da OAB do Rio de Janeiro. Quando ocupava este cargo, pediu a cassação do mandato do então deputado Jair Bolsonaro por causa da homenagem ao coronel Brilhante Ustra, apontado como um dos maiores torturadores do regime militar, na votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Acabou por assumir o comando da OAB nacional um mês depois da posse de Bolsonaro na Presidência da República. A defesa que a família Bolsonaro faz da ditadura incomoda o presidente da Ordem. “Isso para mim é imperdoável”, afirma Santa Cruz.
No começo da semana, a OAB apresentou um estudo sobre o pacote anticrime enviado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, ao Congresso. A entidade contesta propostas como a prisão após a condenação em segunda instância e mudanças no instituto da legítima defesa para agentes de segurança pública.
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