Professores da rede municipal de ensino de Mossoró que aderiram a greve realizada em março e que confirmaram coletivamente pelo pagamento dos dias devidos, depois do fim da paralisação de 29 dias letivos, estão sendo orientados a assinar um “Termo de compromisso para reposição das aulas” (ver abaixo). Algo inédito na administração municipal de Mossoró.
Em greves anteriores bastava o compromisso firmado em assembleia da categoria. Não existe precedente de qualquer calendário letivo que deixou de ser cumprido rigorosamente depois de movimentos grevistas na cidade de Mossoró.
A presidente do sindicato dos servidores públicos municipais disse que “É como se os professores não merecessem a confiança, como se fossem irresponsáveis, como se não quisessem repor as aulas. A prefeitura sabe que vai ter que devolver o salário e quer dar uma justificativa a sociedade para o crime que cometeu”.
Próximo dia 8 de maio vai ocorrer uma audiência na justiça entre Sindiserpum, prefeitura, ministério público e a juíza Adriana Santiago Bezerra da 3° vara da Fazenda Pública da comarca de Mossoró. O corte dos salários dos servidores é o principal ponto deste encontro.
Apesar de alguns professores se sentirem ameaçados por parte do executivo municipal, já que tiveram seus salários descontados, Marleide Cunha presidente do Sindiserpum atesta: “este termo individual não tem validade jurídica alguma, é apenas por não aceitar (a prefeitura) a decisão coletiva do sindicato de pagar normalmente as aulas do novo calendário”.