O Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-RN) decidiu suspender na noite dessa terça-feira (25/01) a paralisação iniciada durante a manhã. A categoria se reuniu no decorrer da tarde com integrantes do Comitê de Gestão e Eficiência, integrado pelos secretários de Planejamento, Aldemir Freire, Procuradoria-Geral do Estado, representada pelo procurador-geral em exercício, José Duarte Santana e pelo procurador João Carlos Coque, e Gabinete Civil, representado pela assessora especial do Governo, Luciana Daltro. Após o encontro, o sindicato decidiu em assembleia pelo fim da paralisação.
A categoria espera uma resposta do Governo à proposta que foi apresentada pelo SINPOL-RN ainda em novembro de 2021.
“O Comitê Gestor disse que vai analisar e negociar uma possível solução baseada na proposta protocolada, remarcando uma reunião para a próxima segunda-feira, 31, para nos dar uma resposta”, disse a presidente do Sinpol.
Os policiais civis decidiram se manter em assembleia permanente, remarcando um novo encontro para a próxima segunda-feira (31), em frente à Governadoria, a partir das 14h. Por meio de nota, o Governo do Estado informou que vai estudar uma alternativa para evitar uma possível perda de até 35% na remuneração devido à ação judicial movida pelo Ministério Público Estadual que alega inconstitucionalidade no pagamento do adicional por tempo de serviço das categorias.
“A determinação da governadora Fátima Bezerra é evitar qualquer perda salarial aos servidores”, disse o Controlador-Geral do Estado, Pedro Lopes. Ele acrescentou que o Estado vai buscar a solução jurídica e administrativa possível para evitar qualquer prejuízo às categorias.
“Vamos encontrar uma solução, com o pressuposto de que não deve haver perda aos servidores. Isso é consenso. Falta agora definir a forma. O Governo mantém o diálogo, vai analisar propostas e seguir dialogando em busca da melhor solução”, afirmou Luciana Daltro.
A Polícia Civil, por meio de assessoria, informou que foi montada uma estrutura na Academia de Polícia Militar, enquanto permanecia a paralisação, para lavratura de flagrantes e Boletins de Ocorrência mais urgentes, que não possam ser registrados na Delegacia Virtual. Essa estrutura deu apoio aos casos mais delicados como os de violência doméstica e abuso sexual.
Os policiais civis e servidores da Secretaria Estadual da Segurança Pública (Sesed) paralisaram suas atividades nesta terça-feira (25) conforme deliberação feita em Assembleia Geral na semana passada. De acordo com Edilza Faustino, 100% dos agentes e escrivães aderiram à paralisação, apenas policiais administrativos e os delegados de polícia estavam trabalhando e cumprindo algumas demandas.
Os policiais civis reivindicam a não retirada do Adicional por Tempo de Serviço (ADTS), levando em consideração que existe uma ação para acabar com esse benefício. O Sindicato acredita que haverá redução real de salário de até 35% caso a medida seja colocada em prática.
Via Tribuna do Norte